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SÓ ESCLARECENDO

"Apenas uma coisa"



Não tenho religião. Considero-me um ateu místico, porque me relaciono com a vida de uma forma meio mística mas sem a crença em deuses. Se há uma crença que sigo é o amor pela Terra e pela Humanidade.

A Terra é minha Mãe Sagrada, meu país sem fronteiras, e toda a Humanidade, em sua bela diversidade, é a minha família. Não pertenço a nenhum rebanho de Deus, não sou de nenhum povo escolhido — faço parte do Povo da Terra.

Cresci no catolicismo e se, após a adolescência, consegui escapar de sua prisão cultural, por outro lado meu fascínio pelo Sagrado e pelo Mistério aumentou. Inspiram-me e me emocionam as mitologias das religiões mas entendo seus deuses como meras projeções humanas, criações culturais a respeito do imenso e insondável mistério da vida, e assim sendo, vejo a religião como uma questão de foro íntimo, algo inteiramente pessoal.

O religioso, porém, tende a entender sua visão particular do Mistério como verdade única e inquestionável — e quem pensa diferente está "errado". O fanático vai um passo além: sente-se no dever de pregar, converter e salvar os "diferentes" do Mal. Já o fanático radical é até capaz de agredir, destruir e matar em nome de seu deus.

O ideal seria que todo religioso percebesse que sua verdade é "apenas" uma versão do inalcançável Mistério — mais ou menos como um acontecimento que tem inúmeras testemunhas mas que, ainda assim, nunca é esclarecido inteiramente. Nesse contexto, sinto que o fanatismo religioso, com seu ódio ao "diferente", nos trará cada vez mais problemas.

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