
Para realizar seu trabalho de graduação, Carine Carvalho Arruda passou muitas noites acompanhando o percurso de prostitutas brasileiras nas ruas de Lausanne (Suíça). Seu curso de Ciências Sociais representou muito mais do que um aprendizado sobre o que significa sobreviver numa zona de prostituição.
Sua mais importante descoberta conclui que a maioria das mulheres escolheu o meretrício para fugir da precariedade do mercado de trabalho no Brasil e como forma de concretizar seus sonhos. Porém, muitas vezes eles não se concretizam... A história já é nossa velha conhecida. A menina chega à Suíça com a expectativa de arrumar um bom emprego de garçonete e ajudar financeiramente a família que ficou no Brasil. No aeroporto, seu passaporte é confiscado e ela é levada a um bordel, trancada em um quarto e passa a vegetar numa triste existência como escrava sexual.
"Observei uma relação muito forte entre a precariedade do trabalho feminino no Brasil e a decisão de imigrar e entrar na prostituição", conta Carine ao jornalista da Swissinfo que assina esta matéria, durante o encontro que tiveram em um café de Lausanne (foto). Ela sabe o que diz: aos 25 anos, esta jovem brasileira acaba de formar-se em Ciências Sociais pela Universidade de Lausanne.
O problema é sério e existe, ninguém nega. Os vários inquéritos realizados pela polícia helvética e os registros nas ONGs de proteção à mulher podem testemunhá-lo. Porém, o mundo do meretrício é muito mais complexo do que parece à primeira vista. De fato, milhares de estrangeiras vêm à Europa já sabendo que irão exercer a profissão mais antiga do mundo. Elas apenas querem uma alternativa para a situação econômica que existe em seus países de origem.
Sua mais importante descoberta conclui que a maioria das mulheres escolheu o meretrício para fugir da precariedade do mercado de trabalho no Brasil e como forma de concretizar seus sonhos. Porém, muitas vezes eles não se concretizam... A história já é nossa velha conhecida. A menina chega à Suíça com a expectativa de arrumar um bom emprego de garçonete e ajudar financeiramente a família que ficou no Brasil. No aeroporto, seu passaporte é confiscado e ela é levada a um bordel, trancada em um quarto e passa a vegetar numa triste existência como escrava sexual.
"Observei uma relação muito forte entre a precariedade do trabalho feminino no Brasil e a decisão de imigrar e entrar na prostituição", conta Carine ao jornalista da Swissinfo que assina esta matéria, durante o encontro que tiveram em um café de Lausanne (foto). Ela sabe o que diz: aos 25 anos, esta jovem brasileira acaba de formar-se em Ciências Sociais pela Universidade de Lausanne.
O problema é sério e existe, ninguém nega. Os vários inquéritos realizados pela polícia helvética e os registros nas ONGs de proteção à mulher podem testemunhá-lo. Porém, o mundo do meretrício é muito mais complexo do que parece à primeira vista. De fato, milhares de estrangeiras vêm à Europa já sabendo que irão exercer a profissão mais antiga do mundo. Elas apenas querem uma alternativa para a situação econômica que existe em seus países de origem.